Caixa Econômica estima alta de 10% no Crédito Imobiliário

caixa-economica.jpg

Índice

Em um ciclo de alta da taxa básica, a Caixa Econômica Federal prevê um aumento de 10% nas ofertas de crédito para compra de imóveis em 2022, uma desaceleração em relação ao ano passado, disse Pedro Guimarães, diretor executivo da Caixa.

“Vamos crescer 10% e ultrapassar os 150 bilhões de reais em concessões”, disse Guimarães em entrevista por telefone à Reuters.

A Caixa, maior credora imobiliária do país, tinha um estoque de financiamento de 542 bilhões de reais no setor em setembro, alta de 8,7% em 12 meses, os últimos dados disponíveis publicamente. De 2021 a setembro, a Caixa desembolsou R$ 104 bilhões em empréstimos imobiliários, um aumento de 27,9% em relação ao ano anterior. Em bases anuais, as concessões do ano passado deveriam ter ultrapassado 135 bilhões de reais. Então, se a previsão deste ano for cumprida, haverá uma desaceleração.

Com a Selic caindo para a mínima histórica de 2% ao ano, os empréstimos imobiliários tiveram forte crescimento entre 2020 e o início do ano passado. Mas esse impulso perdeu força quando o banco central começou a aumentar sua taxa básica rapidamente para tentar esfriar a inflação, que chegou a 10% em 2021.

De acordo com a Abesip, a organização que representa os credores imobiliários no país, a emissão de empréstimos nesse setor aumentou 26,8% em novembro em relação ao mesmo mês de 2020. Embora os pagamentos ainda sejam altos, os pagamentos diminuíram. Em março, o crescimento homólogo foi de 172,7%.

A taxa básica do país, atualmente em 9,25% ao ano, ainda deve subir ainda mais, possivelmente ultrapassando 11% nos próximos meses, de acordo com as previsões da maioria dos economistas.

Para Guimarães, no entanto, por ter juros mais baixos do que a maioria dos concorrentes, principalmente linhas de produtos menos afetadas pela inflação, como o SBPE, a Caixa deve continuar em expansão com uma taxa de pagamento mais alta.

De acordo com a corretora Akamines, a menor taxa cobrada atualmente pela Caixa é de 8,3% + TR ao ano contra 9,99% do Santander Brasil e 9,5% do Bradesco, 9,1% do Itaú Unibanco.

Segundo o executivo, a recente combinação de inflação e subida das taxas de juro traduz-se num “ligeiro aumento” do número de inadimplentes do crédito à habitação na Caixa nos últimos meses, mas o banco tem flexibilidade para negociar com os mutuários sem reabilitar os imóveis.

Desde meados de 2020, a Caixa concedeu parcelamentos a aproximadamente 2,5 milhões de mutuários após a crise do Covid-19. pensando em abrir um novo lote.

Mais conteúdos relevantes

Novidades