Crescimento de 5 por cento previsto para 2022

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O valor está 20% abaixo do pico do primeiro semestre de 2014, mas acima dos 3,5% previstos; um especialista em mercado imobiliário identifica oportunidades de investimento no setor.

Previsão da FGV Ibre

De acordo com uma previsão da FGV Ibre, o mercado imobiliário se expandirá de 4,5% a 5% em 2022. (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). Este é um bom resultado, visto que o coordenador de projetos de construção do instituto previu uma expansão de apenas 3,5%, de acordo com um artigo do Valor Investe.

Dados do IBGE

O mercado aumentou 2,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro, o melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2021 (4,4%), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O crescimento foi de 9,9% quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado. Mesmo assim, o mercado ainda está 20% ou mais abaixo de seu pico a partir do primeiro semestre de 2014.

O Segundo semestre

O segundo semestre deve continuar a ser tumultuado, de acordo com Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo). Ele previu que o mercado imobiliário não experimentará um crescimento significativo no segundo semestre do ano devido a “um ambiente macroeconômico ligeiramente deteriorado, considerando questões como as eleições, a Copa do Mundo de Futebol e as altas taxas de juros”.

A interfêrencia da Selic

Wertheim também aponta para a alta taxa Selic, o que dificulta o financiamento imobiliário, e antecipa um ritmo mais lento de inflação para os custos de consumo. A nova meta para a taxa básica de juros (Selic) foi fixada em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Leo Ribeiro, especialista do mercado imobiliário, afirma que o mercado imobiliário se estabilizou após dois anos de entusiasmo. “Apesar da queda no volume de negócios, eles ainda estão ocorrendo; afinal, o Brasil ainda tem um grave déficit habitacional, e possuir uma casa continua sendo a maior ambição da maioria das famílias.

Pesquisa elaborada pelo Datafolha

De fato, 87% dos brasileiros disseram que esperam um dia comprar sua própria casa, de acordo com uma pesquisa feita pelo Censo Habitacional em colaboração com o Instituto Datafolha. De acordo com a pesquisa, os entrevistados atribuem um valor maior à propriedade da casa própria do que às crianças, à religião ou à estabilidade financeira. Em outubro de 2021, 3.186 adultos com mais de 21 anos de idade foram pesquisados em todo o país.

A compra de imóveis se tornou um dos principais investimentos no Brasil devido à expansão dos empréstimos imobiliários.

Apesar da pandemia e da mão de obra e materiais de construção caros, este é um grande momento para se fazer investimentos no mercado imobiliário em expansão do país.

Dados sobre dados monetários e de crédito para o mês de junho de 2022, que foram fornecidos pelo Banco Central na última semana de agosto, mostram que o financiamento imobiliário avançou no país. De acordo com os especialistas, espera-se atingir um nível semelhante ao de 2021, quando atingiu R$255 bilhões e estabeleceu um recorde na história da Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Embora seja aproximadamente 10% menor que a média mensal do mesmo período em 2021, o financiamento imobiliário aumentou em maio e junho deste ano, retornando ao nível de R$ 16 bilhões em novas concessões no mês. Apesar disto, o montante ainda é bastante significativo.

Desempenho da Venda Imobiliária

As vendas imobiliárias no Brasil aumentaram 1,4% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, ano de super recordes para o mercado imobiliário do país, segundo dados recentes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O tamanho ampliado dos imóveis comercializados no Brasil é outro item do registro. Este ano, houve um aumento de 30% na venda de casas e apartamentos de um quarto, menores e destinados a pessoas mais jovens que vivem sozinhas ou com parceiros sem filhos. Segundo José Carlos Martins, presidente da CBIC, “Este tipo de cliente busca pragmatismo, utiliza vários serviços externos como lavanderia e cozinha, por exemplo, e prioriza uma localização maravilhosa”.

Desempenho dos Alugueis

O índice FipeZAP (Fundaço Instituto de Pesquisas Econômicas de Locação Residencial), que monitora o comportamento do preço médio dos aluguéis residenciais em 25 cidades brasileiras, cita o aumento do preço dos aluguéis de imóveis residenciais acima da inflação como um fator positivo contínuo que se reflete na venda deste tipo de imóvel.

Lançamentos de Imóveis

O número de lançamentos recentes deste produto é uma prova disso, assim como a alta demanda por salas pequenas e de alto padrão em locais privilegiados que apelam para locatários exigentes a curto prazo e cuja rentabilidade tem sido inesperada. O mercado é analisado como uma oportunidade especial para investimentos imobiliários por Phaena Spengler, diretora executiva da SBS Empreendimentos. “A SBS projetou esta realidade no Mato Grosso do Sul e está com as obras extremamente avançadas de sua empresa concentrada neste nicho de pactos de alto padrão, a Vista em Campo Grande, que tem previsão de entrega para já gerar renda em 2023, estando entre os pioneiros do segmento”, diz ela.

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